sexta-feira, 7 de agosto de 2009
Pivô Alessandra retorna para a seleção brasileira, mas mantém ação contra CBB
Alessandra se apresenta à seleção no domingo
Jogadora se apresenta à equipe do técnico Paulo Bassul para os treinos em Barueri neste domingo. Advogado confirma audiência para novembro
As divergências judiciais continuam, mas, pelo menos, dentro de quadra, Alessandra entrou em um acordo com a Confederação Brasileira de Basquete (CBB) e irá disputar a Copa América, a partir de 23 de setembro, em Cuiabá (MT). Segundo a coordenadora de seleções femininas, Hortência Marcari, a pivô se apresenta à equipe do técnico Paulo Bassul neste domingo, em Barueri (SP). No entanto, a jogadora manteve a ação judicial contra a CBB, requerendo o ressarcimento do valor do seguro não pago após a lesão sofrida no Mundial de 2006.
Segunda Hortência, Alessandra não quer deixar a ação judicial influenciar sua volta à seleção brasileira.
- Ela não quer pensar nisso. Prefere deixar de lado, porque a pendência já vai ser resolvida. O que ela me disse é que não quer se meter na confusão, e vai deixar que os advogados se entendam. Assim, estará conosco neste domingo. Já tenho até uma pessoa agendada para buscá-la no aeroporto - disse a coordenadora.
Há oito dias, Alessandra mandou um e-mail à Hortência comunicando que não iria se apresentar à seleção para a disputa da Copa América porque havia considerado o valor de R$ 100 mil, oferecido pela CBB para ressarcir o seguro, “muito baixo”. Segundo o advogado da pivô, João Guilherme Maffia, que entrou com um requerimento no valor de R$ 660 mil, a quantia não pagaria nem metade de um dos três contratos europeus perdidos pela jogadora devido à sua falta de condição de jogo. A primeira audiência de instrução entre as duas partes será realizada em 18 de novembro.
- Temos dois tópicos nesse caso. O primeiro foi que ela sofreu a lesão no Mundial e teve de arcar com as despesas de exames e tratamentos porque a CBB não tinha um seguro para os atletas e negava que ela realmente havia se machucado durante a competição. Isso, inclusive, teve uma repercussão internacional, que fez com que os clubes americanos não liberassem os jogadores brasileiros que atuavam na NBA para disputar o Pan de 2007. E a outra questão é que ela ficou sem amparo da confederação de outubro de 2006 a janeiro de 2007, o que a levou a perder três contratos na Europa. Então, o valor que estamos pedindo é a soma desses prejuízos - declarou Maffia.
Pivô tinha medo que ação contra a CBB impedisse volta à seleção
No entanto, o advogado afirmou que a jogadora queria voltar a jogar pela seleção, mas tinha um receio de que haveria um impedimento legal para o seu retorno.
- Em nenhum momento, a volta dela à seleção esteve vinculada a esta ação diretamente. O que acontecia é que Alessandra se sentia mal em jogar pela equipe sabendo que estava movendo uma ação contra a CBB. A partir do momento que eu a orientei sobre a não existência de problemas jurídicos e, principalmente, éticos no seu retorno, ela decidiu contatar a Hortência - explicou, exemplificando que no futebol há diversos casos de jogadores que processam seus clubes e voltam a atuar pelos mesmos antes do fim da decisão judicial.
Advogado da CBB, Paulo Schmitt, confirmou que ainda não houve um acordo jurídico com Alessandra.
- A negociação está aberta. Mas não tem nada a ver com ela jogar pela seleção ou não. Se pensarmos bem, isso deveria ser um problema para a CBB, convocar uma atleta que a está processando. Porém, isso nunca foi vinculado e a jogadora se sensibilizou para se apresentar no domingo. Foi bom para todos.
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