domingo, 15 de novembro de 2009
Antes sem vontade de voltar ao Brasil, Fúlvio reconsidera: 'Valeu muito a pena'
Fúlvio lamenta os salários atrasados na Itália
Regis, técnico do São José, orienta Fúlvio
Armador do São José elogia organização do clube para a segunda edição do NBB e lamenta salários atrasados do Roseto, sua última equipe na Italia
Depois de uma temporada na Europa, Fúlvio confessa que sua vontade não era voltar para jogar no Brasil. Mas isso mudou no início de 2009, quando o armador começou a assistir aos jogos do Novo Basquete Brasil (NBB) e ficou impressionado com o que viu. Ciente de que a organização do basquete no país havia sido modificada, o jogador decidiu ouvir o convite do São José e aceitou a proposta oferecida pelo clube paulista.
- Na verdade, eu não queria jogar no Brasil, preferia ficar lá por mais uns 3 ou 4 anos. Mas agora percebo que valeu muito a pena. A final do NBB me emocionou muito. A chegada de jogadores de seleção aumentou o nível do basquete brasileiro e isso me incentivou a vir. Além disso, o São José tem tradição, mas há 30 anos não comemora um título. A cidade toda se movimentou para isso. O clube reformulou a equipe, está com um elenco muito bom. Vamos brigar pelas primeiras posições, passo a passo. Aqui, ninguém é bobo, não – disse o armador.
Convocado para a seleção brasileira e cortado pouco antes do início da Copa América, Fúlvio acredita que seu desempenho no São José pode levá-lo de volta à equipe nacional. Mas a ausência na competição conquistada pelo Brasil em agosto não deixou mágoas no jogador. A única coisa que o armador lamenta em toda sua carreira é a falta de compromisso do Roseto, seu time na Itália.
- Quero esquecer os salários atrasados. Foram vários meses de agonia. E também sentia muita falta da minha família e amigos. Brasileiro é muito unido, tem aquele calor humano. Lá, o relacionamento entre a equipe é muito sério, distante. A gente só se vê em treinamento. Esse foi um dos fortes motivos para eu me transferir para o Granada, da Espanha. Lá, tive aprendizado de vida, conheci outra cultura e provei que jogador brasileiro não deve nada a ninguém. Temos condições de atuar em alto nível – afirmou.
Antepenúltimo colocado na primeira edição do NBB, o São José está invicto nesta temporada e é vice-líder do campeonato. Para Fúlvio, isso é consequência do trabalho coletivo da equipe e de uma “arma secreta, que ninguém mais tem”.
- O time tem bastante criatividade. É um dos líderes no número de assistências no campeonato, porque joga com inteligência. Brasília e Flamengo estão um passo a frente da gente. Mas as outras equipes correm por fora e podem surpreender. Nos playoffs, tudo pode acontecer, é outro campeonato. Se fizermos tudo redondinho, temos condições de brigar pelo título - garante Fúlvio.
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