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sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Campeã sul-americana sub-17, Damíris é a aposta de Janeth para medalha em 2016

Determinação da pivô de só 16 anos e 1,90m de altura motiva assistente-técnica da seleção a sonhar com pódio brasileiro nas Olimpíadas do Rio


Damíris é a aposta de Janeth para 2016

Há quatro anos, o telefone tocou na casa da família Amaral. Uma voz conhecida trazia uma boa notícia para a pequena atleta da família. Janeth Arcain, ala campeã mundial de basquete com o Brasil em 1994, ligou para Damíris para convidá-la a fazer parte da equipe de seu Centro de Treinamento, em São Paulo. Com os olhos cheios d’água e o grito já saindo pela garganta, a menina de só 13 anos aceitou a proposta. Hoje, com 16 e 1,90m de altura, a paulista já acumula um título sul-americano sub-17 e o prêmio de melhor reboteira da competição.

- Quando a Janeth me ligou, eu não esperava. Nunca tinha jogado em um clube. Aí, atendo o telefone e ela me diz que eu passei na peneira e começo na semana seguinte. Foi incrível para mim. Não consegui nem colocar no gancho direito, era muito emoção. Gritei muito e comemorei em casa com a minha família. Agora, Janeth é uma amiga, que me elogia muito e sempre me dá conselhos – conta a menina.

Antes de aceitar o convite de uma amiga para fazer o teste para o time de Janeth, Damíris já havia tentado jogar handebol, vôlei e futsal na escola. Mas foi pelo esporte da bola laranja que a menina se apaixonou. Com o tempo.

- No início eu não gostava de basquete. Aí, disputei um campeonato no colégio e fiquei em terceiro lugar. Isso me motivou a procurar a peneira da Janeth. Mas não foi de primeira. Minha amiga precisou insistir muito para eu marcar um teste. Quando cheguei lá, tinha 80 meninas tentando uma vaga. Achei que não ia dar para mim. Só que, uma semana depois, ela me ligou e foi maravilhoso – lembra a jogadora.




Conquista do título Sul-Americano no Chile





Depois do início meio sem querer no esporte, Damíris conquistou o tricampeonato paulista com a equipe e foi convocada para a seleção brasileira. Em 2009, a pivô ainda viajou à Tailândia e ao Chile, onde ficou em nono lugar no Mundial sub-17 e venceu o Sul-Americano da categoria, respectivamente. Os bons resultados a levaram a uma temporada no Clube Maristas, de La Coruña, na Espanha, onde passou oito meses jogando com o time, a partir de dezembro de 2008.

O empenho de Damíris transformou seu ídolo em mais um admirador do seu trabalho. Treinadora da seleção sub-15 e assistente-técnica do time adulto, Janeth aposta na pivô como uma das jogadoras que ajudarão o Brasil na campanha olímpica de 2016, quando a cidade do Rio de Janeiro sediará os Jogos.

- Lembro de quando liguei para ela. É um costume que faço com todas as atletas do instituto para dar motivação. Logo vi que era uma menina muito determinada, que gosta de treinar. Isso dá uma motivação para a gente. Fico muito feliz por ser alguém que está no caminho de uma jogadora que tem um futuro brilhante e pode ajudar o Brasil a conquistar uma medalha olímpica em 2016 – disse Janeth.



Superação da primeira lesão como profissional






Apoio das amigas de seleção foi fundamental

Quatro meses antes da viagem para o Chile, onde disputaria o Sul-Americano, Damíris sofreu uma torção no tornozelo, que rompeu três ligamentos e deu uma fratura por stress. A possibilidade de não competir com a equipe nem passou pela cabeça da jovem atleta. Depois do período de tristeza, ela conta que levantou a cabeça e, três meses depois, já estava no aeroporto com o grupo, surpreendendo com o seu desempenho em quadra.

- Era a minha primeira lesão, então fiquei muito triste. Foi muito difícil, mas tive o apoio dos meus amigos e familiares e, acima de tudo, tive cabeça boa para superar. Você tem que ter metas na vida. Eu quero ser uma jogadora profissional, então estabeleci objetivos. Por isso, ralei muito para me recuperar e consegui jogar muito bem no Chile – conta Damíris.

O pensamento positivo da pivô emocionou o técnico da seleção sub-17, Norberto Silva, o Borracha. Para o treinador do time, que foi beneficiado com marcas como a média de 18.2 rebotes, 19.7 pontos e aproveitamento de 59.1% de lances livres por jogo no Sul-Americano, a jogadora é um motivo de inspiração para a comissão técnica e as outras meninas da equipe.

- Ela é uma menina determinada, que tem um astral muito bom também. Além de ter técnica, é psicologicamente muito bem preparada. Sabe o que quer, já se imagina na seleção e na WNBA. Até agora, já alcançou marcas incríveis, algo muito acima do esperado para sua idade. Damíris está no caminho certo e tem tudo para ser top – disse Borracha, que terminou a entrevista afirmando ter certeza de que verá Damíris vestindo o uniforme do Brasil nos Jogos do Rio-2016.

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